segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

O Contexto do contexto

“Quanto a gente dispõe a se abrir para alguma coisa, algo se abre para a gente... o passarinho não entra na casa quando as janelas estão fechadas”.




Acabei de ler o livro O castelo dos Pirineus de Jostein Gaarder. A mensagem mais interessante que tirei do livro foi a frase acima que dentro do contexto da história faz um sentido enorme.

Percebi que estou aprendendo poesia e literatura com os escritores. Depois de tantos anos me alimentando de música e literatura, consigo finalmente me deslumbrar enxergando por uma outra ótica essas formas de arte.

O livro que acabo de ler fala especialmente sobre fé, num contexto espiritualista. Como todo livro de Jostein, as histórias não possuem um fechamento, dito, conclusivo. Ou seja, não são histórias com começo, meio e fim como normalmente encontramos nos livros. Mas isso está totalmente de acordo com o contexto do tema “filosofia”, uma vez que a história é algo infinito do ponto de vista Histórico!.
Mas, enfim, o livro fala sobre fé de uma maneira até muito racional, por mais contraditório que isso pareça. A história do livro inspira muitas reflexões sobre a realidade, a origem de todas as coisas desde o big-bang até a origem da “consciência” ou da auto-consciência. Interessante!
Interessante a maneira como nos acostumamos a “ser” e não nos damos conta nem mesmo do quão enigmática e fantástica é essa existência do ser “eu” e da consciência.

Estou com sono, mas gostaria de conseguir por mais algumas linhas os meus pensamentos.

É tudo muito mais que isso. Viver, levar a vida, vivenciar experiências e escrever histórias no livro da vida com suas interpretações contextualizadas... é muito mais que isso.
É muito mais que estar certo, que o que se sabe, que o que se acredita... é tudo muito mais que isso.
Tudo faz parte de uma grande cadeia ou teia a qual todos estamos engendrados em seus contextos muuuuuito maiores do que se pensa.
Talvez seja mais que “deixa a vida me levar”! Essa regra não serve para todos!
Existir significa muito mais que isso e a grandeza de se existir está justamente aí, nesse auto encontro, auto melhoramento.
Por que? Será que estou errada? Quantas certezas e definições inúteis e carcereiras eu carrego no pescoço como medálias? E quantas incoerências absurdas me fizeram agir de forma injusta, cruel e insensível comigo e com os outros em nome de minhas certezas e convicções?
O que gostei mesmo nesse livro foi o que foi dito sobre a fé. É difícil ter fé sem um contexto, pois eu tenho um: A VIDA! A vida é o meu Deus.