Durante toda a minha vida profissional, tive a oportunidade de lidar com muitas pessoas, em diversos contextos e situações. Minha primeiríssima experiência profissional foi aos treze anos de idade, com vendas, que é algo que exige extremo jogo de cintura. Mas parece que para mim, esta habilidade foi nata. Logo depois, me aventurei por uns oito anos na área de eventos infantis e pude exercitar uma outra habilidade, o empreendedorismo. Além dessa, pude experimentar o gosto que é lidar com o público, como centro das atenções em todas as animações de festas. Já me fantasiei de muitos personagens infantis da época e brinquei com muitas crianças nessas festinhas. O que mais gostava era de me vestir de palhaça Roupa Nova e representar o esquete. Daí nasceu o gosto para o teatro, que se tornou um sonho até eu acordar e mudar de ideia em relação a ele. E então eu, cresci. Ganhei a maioridade e não queria mais ser palhacinha de festa. Decidi me enquadrar no sistema. E foi muito difícil entrar na caixinha e tentar na adequar de maneira aceitável a algumas regras do mundo corporativo tradicional. E até hoje dou lá minhas cabeçadas por pensar demais.
Minha experiência profissional após a maioridade me oportunizou estar muitas vezes diante de uma “plateia”, não necessariamente um público teatral ou convidados de uma festa.
Não tinha esquetes cômicos e nem palhaçadas. Mas algumas vezes abria um espaço para algumas brincadeiras. E meu público não era mais formado por criancinhas, mas sim por profissionais do ramo de telemarketing, que necessitavam de aprimoramento.
Então por algum tempo estive ali, no palco, treinando-os da forma mais lúdica que poderia fazer, ingenuamente, com a crença de que estaria apenas transmitindo alguns conhecimentos e informações de como se poderia ser melhor ou fazer melhor o que estava sendo feito.
O que eu não tinha ideia era do quanto estava sendo valiosa e enriquecedora para mim aquela experiência.
Nada melhor que um pouco mais de amadurecimento e alguns processos de coach para se dar conta do quanto cada oportunidade é uma bela oportunidade para aprender algo.
Hoje, trabalhando com adolescentes e maravilhada com a riqueza dessa troca, consigo potencializar esse processo para que ele seja mil (ou sei lá quantas) vezes mais proveitoso e lindo.
E isso acontece por que consigo aprender com eles o tempo todo. Aprendo com o olhar, aprendo com as perguntas, com suas reflexões e descobertas, aprendo com suas histórias.
E é uma delícia!
Com eles aprendo também sobre meus limites, minhas fraquezas... E consigo me ver em seus olhos e sentir o que eu sentia e também o que não sentia.
Triste deve ser ter a crença de que tudo sabemos. Se está cheio de saberes não se abre espaço para aprendizagens. E se tem algo que posso dizer que sei, é que não há limites para a aprendizagem por que as coisas não são estáticas. Tudo se movimenta e muda o tempo todo. Grande parte dos saberes são informações velhas.
E informação por informação, eu compro uma enciclopédia e está resolvido.
Acredito que valha a pena parar e pensar no que cada experiência da vida ensinou ou pelo menos oportunizou. Até parar pra pensar nisso eu não tinha ideia do quanto me serve tudo que aprendi nas experiências que julgava serem as mais "nada a ver" com o meu projeto de vida.
E aí, você tem um projeto de vida?
Acredito que valha a pena parar e pensar no que cada experiência da vida ensinou ou pelo menos oportunizou. Até parar pra pensar nisso eu não tinha ideia do quanto me serve tudo que aprendi nas experiências que julgava serem as mais "nada a ver" com o meu projeto de vida.
E aí, você tem um projeto de vida?