terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Arriba Muchachas!!!

Há algum tempo estou procurando encontrar algum tempo (rsrsrs) para escrever sobre minha recente viagem de férias ao México.
Certamente o México está entre as minhas melhores experiências de viagem. Simplesmente amei (amamos).

Taxco
Primeiro que, como costumo brincar com meus amigos ao falar dessa viagem, quando pensava em México o que me vinha à cabeça era a imagem de um deserto, cheio de cactos, com alguns Mariachis tocando para alguns calangos coloridos e algum estabelecimento chamado "Taco-algumacoisa", cheio de caveirinhas e bandeirolas, com pessoas suadas tomando tequila. Tipo isso. Sem contar a fama de violenta da cidade nos deixou com um pé atrás. Todo mundo nos mandou tomar cuidado.

Mas então cheguei e encontrei um lugar bonito, uma cidade moderna como a Cidade do México, uma outra pitoresca e interessante como Taxco e uma divertida e iluminada como Acapulco e percebi que a mídia é uma merda mesmo.

Vista da cidade de Taxco.
Não consigo deixar de divulgar que foi uma das viagens mais interessantes que já fiz e que vale a pena demais ir ao México. Em relação a viagem que fizemos à Argentina, no ano retrasado, o México dá um baile em atrações, em coisas interessantes para conhecer, em elementos culturais riquíssimos e pouco divulgados pra nós Tipiniquins.
Vou tentar resumir por que gostei tanto dessa aventura. 



A viagem durou 12 dias. Mas ficamos apenas 10 dias no México por que os outros foram gastos para ir e voltar. Fomos pela Copa Airline (não gostamos), com escala no Panamá (detestamos). Conhecemos três cidades: Acapulco, Taxco e cidade do México (incluindo Teotihuacan).
Éramos duas mulheres e uma criança de 6 anos! 
Já no México, andamos pra lá e pra cá a pé, de ônibus, de metrô, de taxi e não nos perdemos, não fomos assaltadas e nem sequestradas.

Não vimos muitas pessoas mal encaradas nas ruas, não fomos perturbadas, fomos super bem tratadas e atendidas em todos os estabelecimentos, lojas, restaurantes, mercados que fomos, experimentamos altos quitutes na rua e não passamos mal nem uma vezinha sequer. 

Primeiramente, fomos para Acapulco. A viagem foi longuíssima, por que compramos a passagem em uma promoção e tivemos que descer na Cidade do México, dormir lá uma noite e no outro dia partir para Acapulco.

Praia de Acapulco
Sobre o deslocamento... bem, fomos de metrô (sim, metrô  custa apenas 5 pesos) até a estação de ônibus e lá pegamos um ônibus muito bom para Acapulco. O ônibus era ótimo, novo, limpo, ofereciam um refrigerante de brinde, chá, café, tinha tv, ar condicionado. Bem melhor que muitos aqui no Brasil. 
Acapulco é uma cidade litorânea turística. Beeeem turística! A maior parte da orla é rodeada por grandes hotéis. Conhecemos o centro, o Forte de San Diego e La quedrada. Gostamos muito de ver as praças cheias de gente animada, dançando, comendo, brincando.

Uma coisa que adooooooro são as feiras, experimentar as comidas típicas e o artesanato. Amei, amei, amei! Achei tudo lindo e colorido. Do que me chamou muito a atenção em Acapulco, foram os ônibus que circulavam a orla. Eram uma atração a parte. Eram pequenos, velhos e coloridos. Estava sempre tocando alguma música latina. Aliás, por toda parte por onde andávamos tinha música. Mas nos ônibus, além da música, de noite tinha luz neon dentro do ônibus, tipo uma boate. Além dos ônibus, nos chamou a atenção o exército nas ruas com espingardas enormes. No primeiro dia ficamos um pouco assustadas, mas como já tinha lido sobre isso antes de ir, rapidinho entendi que é uma medida preventiva. A cidade também tem muita pobreza nas redondezas das zonas turísticas. Me lembrou um pouco a periferia do Rio de Janeiro.

Máscara ritualística
Dormimos 4 noites em Acapulco e fomos para Taxco, uma cidade pitoresca, conhecida como a cidade da prata que fica no alto das montanhas. É tipo um Ouro Preto da vida, bem bonitinha, com uma praça central com um coreto e uma igreja recheda de ouro. Ficamos apenas um dia lá e também gostamos muito. A única coisa chata era ser abordada a cada cinco minutos por alguém nos oferecendo prata. Mas andamos nas feiras, compramos morango e maracujá doce. Além disso andamos no táxi-fusca! Nunca vi tanto fusca por m² como em Taxco.


No outro dia fomos para a Cidade do México. Nos hospedamos na Zona Rosa, ao lado da estação do metrô Insurgentes, o que facilitou absurdamente o nosso deslocamento. #ficadica

À esquerda, carne. Á direita, insetos!
Gostamos muito da região onde ficamos. Muitos bares, restaurantes, muita animação, muita gente, muita comida. Confesso que nos últimos dias optamos pelo MC Donalds por que enjoamos das tortilhas, das pimentas surpresas e do Consome de Pollo. O bom do Mc Donald's de lá é que posíamos servir bebida, barbecue e picles a vontade além dos trocentos tipos de molhos deles disponíveis.

Calendário Maya

Conhecemos o museu de arqueologia que merece um post só pra ele, pois foi a essência da nossa viagem, coroada pela visita às ruínas da cidade dos deuses de Teotihuacan. Foi ótimo, realmente adoramos dar esse mergulho nesse universo cultural tão interessante como é a cultura Maya e Asteca. Á propósito, fomos conhecer as ruínas de ônibus e voltamos ilesas e sem susto.


Uma outra parte muito mais emocionante da viagem, sem dúvida e que também merece um post só pra falar dela, foi a nossa visita à Casa Azul, museu da Frida Kahlo. Não tenho palavras pra dizer o quanto me emocionou enquanto admiradora. Me senti como o Percy Jacson no cassino após comer a flor de Lótus. Fiquei horas lá dentro e tive a sensação de ter permanecido uma horinha apenas. Fotografei tuuuuuudo com detalhes, todos os quadros, todos os milímetros. Se você pretende ir, se prepare para pagar pela autorização de fotografar ;)


Depois fomos ao mercado de Coyoacan. Fomos a pé do museu por que é pertinho. Comprei um monte daqueles doces suuuper açucarados e comi uma das famosas Tostadas Coyoacan, uma espécie de ceviche servido sobre uma tortilha de milho com vinagrete e abacate (ô povo que come abacate!!!).
Mercado de Coyoacan



Vi trezentas pinhatas, outros trezentos tipos de artigos com a fotografia da Frida Kahlo estampada. É nítido o quanto ela foi significativa no fato da cultura Mexicana ser conhecida internacionalmente. 


Em uma das noites fomos a um restaurante típico para ver os Mariachis. Queria que a minha filha visse o maior número possíveis de elementos típicos da cultura do país. Imaginem: Ela amou! Se divertiu mais que todo mundo. Viu além dos Mariachis, os cantores das músicas típicas, os dançarinos, o homem com o laço (que não sei como chamam) e até uma briga de galo (calma, foi bem rapidinha, só pra mostrar).

Sopa de tortilhas, toicinho e abacate.
Sobre a comida, tenho que dizer que não curti tanto assim. Por que esperava uma guacamole temperada e quase sempre vinha insossa. Sem os molhos (quase todos apimentados) a comida também ficava insossa. Mas adoramos o cachorro quente vendido na rua e também o Consome de Pollo, uma especie da canja aguada bem gostosa. 



No rosto dos nativos vimos traços indígenas muito fortes.

Pirâmide do Sol - Teotihuacan
De modo geral vimos pessoas muito parecidas na cor da pele, cabelo, estatura. Gostamos de perceber como as pessoas são carinhosas com as crianças e como essas eram calmas e educadas. 
Poderia relatar mais inúmeros detalhes da viagem que com certeza são relevantes, mas o post já está muito grande! hehehehe...











Pra finalizar, quero fizer que voltaria com certeza e muitas vezes para conhecer os lugares que não consegui conhecer ainda. 
Hasta luego, México!!!