As vezes sou acometida por uma avalanche de inspiração. Mas assim como acontece em qualquer
avalanche, não dá pra lucrar quase nada.
As vezes também me arremete uma onda de sentimentos, emoções... acho que é amor, ou talvez paixão ou compaixão, ou emoção, não sei. E sinto esse sentimento de quase euforia e desespero. O que fazer com ele?
É uma mistura de emoções, alegria e nostalgia. Não sei se rio ou choro. Só não ouso contar a ninguém, pois não compreenderiam o meu "querer bem", avassalador.
O mundo rotula o amor em partes exatamente pré-definidas. Decerto quem definiu nunca sentiu o que eu sinto. Isso que não se explica e não cabe nessas teorias.
Gostaria de lucrar, que fossem algumas palavras, rimas, versos ou notas musicais dessa sensação. Mas o turbilhão me invade como um tsunami e me deixa paralisada, inerte, confusa e extremamente feliz.
É quase como beber a bebida púrpura do “dia do coringa”. A diferença é que não acredito que me crie mais ilusões sobre a realidade e sim que me faz experimentar os sentimentos que realmente me modificam ou me resgatam do inferno psicológico.
É como receber um passe de um anjo. É como tomar uma anestesia temporária e passar um tempo no paraíso.
Um pequeno paraíso dentro de mim.