Desde criança eu sempre tive a impressão de que vivia em um mundo paralelo. Uma realidade inventada, toda idealizada entre meus muitos pensamentos, sentimentos, sensações e retratos. Esses retratos são de coisas que vi, de pessoas que conheci, de experiências que vivi e fotografei em minha mente e de certa forma permaneceram exatamente como no momento em que as fotografei.
Por isso convivi com essa sensação de que as coisas são apenas de um jeito... só a sensação. Sempre soube que elas mudam. Sempre soube muitas coisas que não sinto e sempre soube que não conseguia sentir o que eu sabia. Sempre soube que queria descobrir a porta que me levava pra mim mesma, para a parte de mim que simplesmente sente, sem racionalizar o sentimento e tentar entender, controlar.
Controlar o sentimento foi a coisa mais idiota que já tentei fazer.
Hoje estou dentro de mim. Por mais estranho e óbvio que isso pareça. Hoje estou mexendo com o que estava quieto, e olhando aqueles velhos retratos. Estou tentando reconhecer meus equívocos, meus enganos, enxergar o óbvio sobre algumas coisas. E as vezes é muito difícil enxergar o óbvio.
Entre esses retratos velhos existem lembranças não felizes, dolorosas... de momentos e fatos que se tornaram tabus e mitos. Olhar novamente para tudo isso é doloroso, porém, necessário, pois não se eliminam fotografias do nosso mundo platônico, e em algum momento algo deverá ser feito para mudar aquele que se tornou um paradigma.
É mais ou menos assim: No seu computador tem uma área de trabalho com diversos links. Aquilo é o que se pode ver, a sua cara. Mas seu HD não se resume a área de trabalho... pode até ser que existam alguns links lá, daqueles arquivos que estão lá no HD e vc utiliza mais. Mas, existem muitos arquivos lá em suas outras pastas, que são seus e não podem ser jogados na lixeira. Pois o lado bom do computador é que vc pode formata-lo e reinstalar os programas, salvando apenas os arquivos que você deseja. Mas com o ser humano não dá pra fazer isso... e pior, você nem sempre escolhe os arquivos que lá estarão salvos.
E o que acontece é que sempre que precisa de algum parâmetro para qualquer situação, vc busca arquivos em seu HD... as vezes, abre um arquivo que nem é legal, com informações equivocadas, tristes, desagradáveis... o que fazer?
Boa pergunta... é o que estou tentando descobrir.
Mas tenho uma teoria. E não é uma teoria sem embasamento.
Quando eu preciso encontrar um arquivo em meu computador, eu clico em INICIAR e escrevo a palavra-chave em um campo de busca.. Ele me dá várias opções. Se eu clicar ENTER, vão aparecer os arquivos em uma janela de opções, de todos os arquivos que possuem aquela palavra-chave no título. Normalmente escolho a primeira e clico. Pronto, abriu o arquivo e aquele é o conhecimento, o parâmetro, a informação que possuo. Dentro de mim acontece mais ou menos da mesma forma. A diferença é que, por acontecer no campo do inconsciente, nem sempre escolho os arquivos que me servirão de parâmetro para o momento. Ou pior, os arquivos se abrem sozinhos sem ao menos eu querer que se faça o link.
Bom, então, percebi que já que eu não posso eliminar arquivos inadequados, ruins, desagradáveis do meu HD, eu preciso renomeá-los. E além disso, eu preciso criar novos arquivos, com novas fotografias, novas memórias, novas emoções ... as que eu quero que prevaleça.
Não gerenciar as informações do seu HD é o mesmo que viver a mercê de todos os impulsos e ser paciente, ao invés de agente da própria vida.
E mexer nas fotografias velhas do HD não é uma coisa fácil. Exige coragem e força de vontade. Particularmente, não tenho nem um dos dois. Mas tenho algo que supera tudo isso. A impulsividade e a intensidade. Essas duas características marcantes, em mim, me obrigam a fazer a faxina interna.
Por isso convivi com essa sensação de que as coisas são apenas de um jeito... só a sensação. Sempre soube que elas mudam. Sempre soube muitas coisas que não sinto e sempre soube que não conseguia sentir o que eu sabia. Sempre soube que queria descobrir a porta que me levava pra mim mesma, para a parte de mim que simplesmente sente, sem racionalizar o sentimento e tentar entender, controlar.
Controlar o sentimento foi a coisa mais idiota que já tentei fazer.
Hoje estou dentro de mim. Por mais estranho e óbvio que isso pareça. Hoje estou mexendo com o que estava quieto, e olhando aqueles velhos retratos. Estou tentando reconhecer meus equívocos, meus enganos, enxergar o óbvio sobre algumas coisas. E as vezes é muito difícil enxergar o óbvio.
Entre esses retratos velhos existem lembranças não felizes, dolorosas... de momentos e fatos que se tornaram tabus e mitos. Olhar novamente para tudo isso é doloroso, porém, necessário, pois não se eliminam fotografias do nosso mundo platônico, e em algum momento algo deverá ser feito para mudar aquele que se tornou um paradigma.
É mais ou menos assim: No seu computador tem uma área de trabalho com diversos links. Aquilo é o que se pode ver, a sua cara. Mas seu HD não se resume a área de trabalho... pode até ser que existam alguns links lá, daqueles arquivos que estão lá no HD e vc utiliza mais. Mas, existem muitos arquivos lá em suas outras pastas, que são seus e não podem ser jogados na lixeira. Pois o lado bom do computador é que vc pode formata-lo e reinstalar os programas, salvando apenas os arquivos que você deseja. Mas com o ser humano não dá pra fazer isso... e pior, você nem sempre escolhe os arquivos que lá estarão salvos.
E o que acontece é que sempre que precisa de algum parâmetro para qualquer situação, vc busca arquivos em seu HD... as vezes, abre um arquivo que nem é legal, com informações equivocadas, tristes, desagradáveis... o que fazer?
Boa pergunta... é o que estou tentando descobrir.
Mas tenho uma teoria. E não é uma teoria sem embasamento.
Quando eu preciso encontrar um arquivo em meu computador, eu clico em INICIAR e escrevo a palavra-chave em um campo de busca.. Ele me dá várias opções. Se eu clicar ENTER, vão aparecer os arquivos em uma janela de opções, de todos os arquivos que possuem aquela palavra-chave no título. Normalmente escolho a primeira e clico. Pronto, abriu o arquivo e aquele é o conhecimento, o parâmetro, a informação que possuo. Dentro de mim acontece mais ou menos da mesma forma. A diferença é que, por acontecer no campo do inconsciente, nem sempre escolho os arquivos que me servirão de parâmetro para o momento. Ou pior, os arquivos se abrem sozinhos sem ao menos eu querer que se faça o link.
Bom, então, percebi que já que eu não posso eliminar arquivos inadequados, ruins, desagradáveis do meu HD, eu preciso renomeá-los. E além disso, eu preciso criar novos arquivos, com novas fotografias, novas memórias, novas emoções ... as que eu quero que prevaleça.
Não gerenciar as informações do seu HD é o mesmo que viver a mercê de todos os impulsos e ser paciente, ao invés de agente da própria vida.
E mexer nas fotografias velhas do HD não é uma coisa fácil. Exige coragem e força de vontade. Particularmente, não tenho nem um dos dois. Mas tenho algo que supera tudo isso. A impulsividade e a intensidade. Essas duas características marcantes, em mim, me obrigam a fazer a faxina interna.