segunda-feira, 28 de março de 2011

Aconteceu comigo

Então, vou contar mais uma parte da história.

Depois de ter ligado e  não falado coisa com coisa, mandei a mensagem melosinha de boa noite e para a minha tristeza o telefone tocou por volta da meia noite.
Tristeza por que não era o Doce de abacaxi e sim a Sebastian, a namorada do Doce de abacaxi. 
Não foi assim que ela se apresentou. Esse foi um apelido carinhoso dado pelas minhas amigas de trabalho em uma ocasião que contarei em breve. 
Pois é... a Sebastiam me ligou e falou com toda autoridade quem era e que não era mais para eu enviar mensagens para o celular de seu amore.
Fiquei Xo-ca-da (não foi nem com CH, foi com X mesmo!) 
Não sabia nem o que responder, já que eu estava, de certo modo, invadindo o espaço alheio. Disse apenas: Tudo bem, desculpe-me! Mas fiquei em cólicas a noite inteira. 
No outro dia, não resisti e ignorei totalmente as ordens da Sebastian. Depois do trabalho, liguei novamente para o Creosvaldo e aproveitei a deixa para ouvir a doce voz do meu amor eleito. A desculpa da vez? A Sebastian, é claro! Se desse pra queimar o filme dela um pouquinho seria ótimo, mas se desse apenas para ouvir a voz, já estaria no lucro. 
Liguei. E comecei pedindo desculpas se causei algum incômodo ou transtorno, pois não queria invadir o espaço de ninguém, pois tinha acabado de sair de um relacionamento em que uma outra pessoa havia entrado na história de uma hora pra outra e eu estava me sentindo com a vida invadida, traída, sei lá. Falei um monte de coisas - do meu script previamente ensaiado - e o Doce de abacaxi ficou, no início, sem entender muito bem o que estava acontecendo. E quando eu o deixei falar, pediu que eu explicasse o motivo de tudo aquilo.
Expliquei, então, que a Sebastiam tinha me ligado e tinha dito que quem era e que não era pra eu ficar enviando mensagens para o celular do seu Creosvaldo. 
Noooossss,, gente! O Creosvaldo ficou sem palavras. E eu não sabia nem o que dizer, estava tão satisfeita e insegura. Queria ouvir alguma coisa que me desse esperança, mas nada era dito e eu achava que tudo que era dito significava alguma coisa. 
Desliguei e acho que nessa noite eu nem dormi. Pensava e repensava trocentas vezes, que nem uma psicopata em tudo que aconteceu, em tudo o que disse.

Passaram-se os dias do repouso e eu esperei muito muito muito ansiosa pelo dia do retorno. 
E o dia chegou e nada aconteceu. Praticamente não nos vimos, não nos cruzamos pelos corredores e meu estômago ferveu horrores de ansiedade.
No segundo dia eu não aguentei e mandei outra mensagem melosa. Não me lembro exatamente como era, mas era algo do tipo: Bom dia, minha flor! Que seu dia seja maravilhoso... Sei lá, acho que foi mais ou menos isso!!! 
À propósito, a mensagem melosa da meia noite era mais ou menos assim: Boa noite, minha estrela. Passarei a noite olhando para o céu tentando te encontrar....

Então, mandei a mensagem de bom dia e para a minha surpresa, recebi uma respostinha:

Alguém adivinha o que estava escrito???

(Fica pra próxima. Tenho que colocar a cria pra dormir.)