segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Você, que não veio

Quem não me conhece
não sabe de mim
De minhas dores
meus dissabores
De meus amores

Quem não me conhece
não sabe de mim
De meus medos
meus segredos
secretos

Quem não me conhece
não sabe de mim
de meus sonhos
meu coração tristonho
do que me envergonho

Quem não me conhece
não sabe de mim
De meus desagrados
engasgados
impregnados

E quem me conhece
também não sabe de mim
De meus desencantos
meus desenganos
meus desencanos

E quem me conhece
também não sabe de mim
De minhas dores latentes
de meu vazio existente
de minha alma carente

E quem me vê por aí
não sabe de mim
De minha saudade
covarde
de outra realidade

E quem me vê por aí
não sabe de mim
De minhas caminhadas
por estradas
frustradas

E quem me vê de longe
(ou de perto)
não sabe de mim
nem nunca saberá
Sobretudo entender
ou desvendar meu olhar

E quem quase nunca me vê
(imagina!)
Mal saberá de mim
Ou de minha ausência
em mim
Ou desse vazio
de algum triste fim.

03/08/2014


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