Normalmente minha alma está transbordando e estou no meio do caos... De existir, de ser de sentir.
Se toda força que me puxa para cima é igual a quem me puxa para baixo, estou indo e vindo no dondolar das emoções, no vaivém da digestão e no tilintar irritante daquelas imagens mentais que não cessam nunca, jamais.
Recobrar a memória poética tem um gosto amargo de sangue daquela veia nunca estancada. É vampiresco o desejo de degustar dessa bebida amarga. E estranhamente me deleito à luz de estrelas. no ar sombrio da noite. Eu gosto da noite.
Deliro no caos, extasio-me das contradições do paradoxo, da imperfeição. Adoro os opostos.
Me encontro e reencontro nesse vazio de sentido e descubro que nele há sentido, que o sentido é ele, o vazio.
Não queria dizer que me encontrei nele por que na verdade eu me perdi. Me encontrei perdida e perdida me encontrei.
No silêncio da noite me encontrei. No silêncio da noite senti o êxtase do caos, do vazio e na penumbra senti "quem era eu" que estava ali.
Escrito em: 03/10/2015
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