E me deparo com minhas lembranças
Daquelas que emergem por precaução
Protegendo-me de uma mesma emoção
Que um dia sentira na infância
Lembranças algozes de mim criança
Que sentindo tristeza e solidão
Procurava quem lhe desse a mão
Sem depois lhe trair a confiança
Não restava nada além da espera
De um dia entre braços se aninhar
Crendo que o amor não nasce fera
Que podia se dar sem se cobrar
Numa ilusão vazia, uma quimera
Uma virtude ingênua a salutar.
(Um dos poemas mais perfeitos que já escrevi)
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