quarta-feira, 10 de agosto de 2016
Sobre intensidade.
É como o rompimento de uma represa... é como ser a represa.
Recentemente visitei uma represa e fiquei admirada com o tamanho da parede e sem que eu conseguisse controlar meus pensamentos imaginei tudo aquilo se quebrando e a água escoando violentamente e destruindo tudo o que estivesse em seu caminho. As vezes tenho pensamentos trágicos e eles vem sem querer. Do mesmo modo algumas emoções arrebentam as paredes do meu ser e saem destruindo tudo o que está pelo caminho.
Madurões que me critiquem, mas sou uma enxurrada de emoções.
Certa vez ouvi de um "bem resolvido" que ser intensa como eu era uma coisa terrível, pois preferia ser como era, uma pessoa que controla as próprias emoções, afinal, quando houvesse dor e tristeza, deveria ser insuportável. Eu respondi apenas que quando há felicidade e alegria também era insuportável (para os outros). Fato, a alegria alheia incomoda e as vezes a tristeza também.
Existe uma busca insana por uma pseudomaturidade que se revela por meio de um aparente controle das emoções, um aparente equilíbrio, uma aparente indiferença, uma aparente frieza.
Percebo uma tentativa de distanciamento das emoções como se elas fossem perigosas. E são! Não me revelo para não parecer imaturo. Não me revelo por que o outro pode não querer me acolher se descobrir que sou frágil e estou mal. Acontece...
O tempo passa e continuo sentindo a vida a fior di pelle. Me jogando, me quebrando, me partindo, me colando. Mas também transcendendo, me deleitando com as sensações, aprendendo com as delícias da existência e da minha natureza humana.
Não credito em uma vida sã... aliás, acredito que a sanidade seja uma grande loucura.
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